Não percebo bem o que se passa. Já era altura da menina frágil passar a mulher, mas na verdade isso ainda não aconteceu! Eu continuo a menina que todos conheceram, continuo a precisar de protecção e neste momento sinto-me sozinha! Há algo em mim que falta, algo que deixa um espaço vazio e que, à noite, atormenta o meu pensamento.
Na noite escura, o meu coração fica pequenino, uma fábrica de borboletas instala-se na minha barriga e quando dou por mim as lágrimas quase me escorrem pela cara. Eu dou uma de dura e tento esconder os meus sentimentos mas na verdade eu sou apenas uma menina de dezassete anos que ainda tem muito para aprender e que precisa de protecção, tal como os bebés! Não me envergonho disso, gosto bastante dessa protecção. Neste momento, há um espaço vazio no meu coração, um espaço que já foi preenchido e agora esta à procura de um novo "proprietário". Chama-se «amor», um grande espaço que faz com que eu perca o sono, que, por vezes, me tira o sorriso da cara. Sinto falta do sentimento de «amar» e de «ser amada», sinto falta da cumplicidade!
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