Não consigo esquecer, não consigo esquecer os nossos momentos. As nossas brincadeiras, a nossa cumplicidade, mas acima de tudo, o nosso amor. Ele existia! À nossa maneira, é verdade, mas existia. Era um amor infindável, até acabar. Lembraste de quando me abraçaste e disseste “por mim ficava assim para sempre”, eu acreditei que isso podia ser verdade. Naquela altura tive a certeza que era para sempre, tive a certeza que podíamos realmente ser um só, a partir daquele dia, a partir daquele momento. Mas, a regra cumpriu-se “o que acontece no acampamento, fica no acampamento”, e tudo acabou. Acabou-se toda a magia, toda a cumplicidade, e talvez todo o amor. Lembraste, quando vínhamos embora e eu prometi que nada ia ser igual, que tudo ia mudar, que desta vez iríamos ficar juntos? Voltei a falhar. Lembraste quando chegamos, eu no meu mundo e tu no teu, tu me perguntaste se eu queria ficar contigo e perguntaste “amas-me?” eu respondi que não sabia, que era muito cedo, e amo-te é muito forte, todos aqueles blá blá blá que arranjamos para fugirmos aos assuntos. Se me perguntasses isso hoje, agora, eu responder-te-ia que: amar-te é a minha única certeza.
Vanessa Cunha
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