quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sem rumo


Fico desorientada, sem chão, sem caminho a seguir. Não sei como abrir os olhos, não tenho força para levantar o corpo da cama e ir ao café. Não é capricho de criança. Há muito que assim acontece, quando estás presente o sol brilha lá fora, os passarinhos cantam e as flores crescem. Nos dias, como agora, em que tu vais sem qualquer explicação, o tempo gela, os passarinhos ficam roucos e as flores do meu jardim murcham. Tento chegar a ti de todas as maneiras. Arranjo “esquemas” para te alcançar. Tu (parece) que recusas. Foges, talvez. Às vezes acho que te estás a “vingar” de tudo o que fiz no passado, apesar de teres tido que me tinhas perdoado.

Hoje, não tenho mais forças. Hoje, eu desisti! Hoje, eu joguei a última carta e tu deitas-te o jogo abaixo.

Amanhã, talvez o sol brilhe e eu ganhe forças. Amanhã, talvez eu ganhe rumo.


Vanessa Cunha

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